Implementar as melhores práticas para modernização de legados vai ajudar a sua empresa a superar as tecnologias desatualizadas, a falta de integração e as possíveis falhas de segurança desses sistemas.
Diante da previsão de que 78% das aplicações sejam modernizadas dentro de um ano (Red Hat)**, não se pode ficar para trás com práticas tão obsoletas quanto o legado.
Por isso, selecionamos boas práticas para implementar a modernização, como conectar todos os times envolvidos e o alinhamento com os negócios de forma eficiente.
Estratégias para modernização de legados
Geralmente, são usadas uma das três estratégias para modernizar legados: replataforma, reescrita e refatoração. Cada uma possui benefícios e desafios que devem ser considerados antes de iniciar a modernização.
Na replataforma, como o nome diz, o sistema legado será migrado para uma nova plataforma, com poucas alterações no código. O que por um lado agiliza o processo e oferece menos riscos de interrupção, por outro, não contempla todos os desafios que os legados possuem.
Já a reescrita é mais radical, pois o sistema legado será reiniciado do zero, o que favorece a revisão completa do sistema, porém é um processo demorado e que possui um alto risco.
Por último, a refatoração pode ser um meio termo com mudanças incrementais na base do código. Dessa forma, há uma modernização gradual e com menos riscos, melhorando a manutenibilidade e a extensibilidade. O desafio é ter um planejamento cuidadoso o suficiente, além de muito conhecimento sobre código legado para acompanhar as alterações.
Alinhamento entre modernização e plano de negócios
Sabia que mais de 80% das despesas das empresas são destinadas principalmente para operação e manutenção de sistemas legados?
Do lado dos negócios, esse investimento é alto e demanda uma grande atenção, por isso a modernização é um caminho tão necessário e estratégico.
Na prática, é essencial priorizar processos com base no valor comercial, viabilidade técnica e o risco de interrupção das atividades desse sistema. Além disso, vale lembrar que nem toda aplicação exige o mesmo nível de modernização.
Independentemente da escolha do processo, o plano de negócios e a modernização precisam caminhar juntas. Levar em conta boas práticas durante essa migração é importante para que esse avanço tecnológico não se distancie dos objetivos estratégicos da empresa.
Melhores práticas para modernização de legados
Para uma migração de qualidade com foco na eficiência dos processos, selecionamos boas práticas para modernização de legados, confira:
1 – Efetuar uma avaliação exaustiva da modernização
Antes de começar a modernização, é necessário realizar uma análise completa do sistema em legado. Essa ação avalia o quanto o software legado está alinhado com as necessidades dos negócios e de TI.
Para isso, é importante fazer algumas perguntas que contemplam a funcionalidade das aplicações, arquitetura, stacks e até a dívida técnica, por exemplo:
- As aplicações estão alinhadas aos objetivos da empresa?
- Qual o valor agregado que as aplicações trazem para a empresa?
- As aplicações conseguem se adaptar rapidamente às exigências?
- Manter as aplicações é viável financeiramente?
- Qual será o grau de dificuldade para atualizar o sistema?
- As aplicações legadas possuem algum risco de segurança?
- A tecnologia legada limita a inovação do meu sistema?
- A falta de inovação pode representar um risco para o negócio perante a concorrência?
Com as respostas, será possível começar a esboçar um plano de modernização com uma análise clara da realidade das aplicações e qual será a prioridade durante o processo.
2 – Envolver as partes interessadas nas boas práticas
Os times participantes do projeto devem estar alinhados por meio de comunicações regulares, que incentivam o engajamento.
Podemos citar como boas iniciativas a documentação dos processos por meio de boletins informativos, atas de reunião, relatórios de progresso e até mesmo comitês que acompanham o processo de perto.
Além disso, formalizar ritos e procedimentos são importantes para um resultado positivo, como reconhecer quais recursos foram uma boa escolha e estruturar as tomadas de decisão dentro dos times.
Essas práticas de alinhamento auxiliam a gestão de mudança e colocam todas as pessoas envolvidas na mesma página.
3 – Definir prioridades e planejar estrategicamente
Para planejar a modernização é preciso priorizar a simplicidade e a funcionalidade do software e dos processos. Um bom exemplo para começar o planejamento é pelos recursos mais essenciais ou pela adoção de uma arquitetura de microsserviços.
A partir de um planejamento estratégico, é mais fácil garantir a compatibilidade e simplificação da arquitetura, principalmente porque melhoram o desempenho e a experiência da pessoa usuária.
Uma boa prática é planejar e monitorar a adoção da modernização para que, a longo prazo, seja possível deixar de depender do legado e centralizar todas as energias no sistema modernizado.
4 – Investir na formação e no gerenciamento de mudança
O gerenciamento de mudanças mira uma migração suave e que minimiza os impactos negativos nas aplicações. O objetivo final é reduzir os riscos, aumentar a adoção internamente e melhorar a eficiência, que é o grande motivo para essa modernização.
Por exemplo, dentro do time, teremos pessoas com domínio do sistema legado que receberão treinamentos para acompanhar as transformações para o sistema modernizado e constantemente atualizado.
Até porque possivelmente teremos uma dupla convivência do legado e modernizado, pois dependendo do tamanho da empresa, uma mudança radical seria inviável.
Para o time funcionar, é preciso envolver todas as pessoas na promoção do senso de propriedade, isso vai ajudar na redução da resistência à mudança e promoverá as boas práticas, como documentações técnicas robustas e padrões de codificação em prol de um código sustentável.
O poder da inteligência artificial na modernização de legados
A inteligência artificial potencializa a análise e a detecção das áreas prioritárias para o processo de modernização. A IA pode, por exemplo, sugerir linhas de código contextualizadas e adaptadas às regras de negócio, ou analisar o sistema e fornecer insights para facilitar tomadas de decisões.
A StackSpot AI é capaz de executar essas tarefas e mais, possui recursos como Quick Commands e Agentes de IA que agilizam e personalizam a jornada de desenvolvimento, tornando-a mais eficiente.
Quer saber mais detalhes sobre como a inteligência artificial atua na modernização? Assista ao vídeo!
Conclusão
Neste artigo, você conheceu as melhores práticas para modernização de legados, como avaliar o sistema, envolver o time durante a migração, definir as prioridades e a importância das pessoas estarem atualizadas sobre o sistema modernizado.
Tais práticas aliadas ao gerenciamento de mudanças serão importantes para uma modernização sustentável e eficiente com altas chances de ser bem sucedida.
Além disso, a inteligência artificial também pode ser uma aliada durante essa jornada, auxiliando na análise do sistema e sugestão de códigos, sempre com o objetivo de tornar os processos mais eficientes e a rotina das pessoas desenvolvedoras mais produtiva.
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Referências
- Legacy Application Modernization: Key Steps, Benefits & Best Practices – Mertech
- Legacy Modernization Best Practices – QAT Global
- O que é gerenciamento de mudanças? – IBM
- Unlocking Success: Best Practices for Modernizing Legacy Applications – LinkedIn
** Estudo que comprova que 78% das modernizações sejam modernizadas dentro de um ano
