O Web Summit Rio 2025 é um dos maiores e mais influentes eventos de tecnologia do mundo, reunindo milhares de pessoas de diferentes países para discutir inovação, tendências e os rumos do futuro digital.
A edição de 2025 no Rio de Janeiro trouxe reflexões profundas sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) nas organizações e na sociedade.
Neste artigo vamos conferir os principais insights de cada dia do Web Summit.
Destaques do primeiro dia
O primeiro dia do Web Summit Rio 2025 foi marcado por intensos debates sobre a transformação que a Inteligência Artificial está promovendo nas sociedades e organizações.
Um dos principais temas foi a combinação de IA com sensores de dados e biotecnologia, criando novas formas de interação entre humanos e máquinas.
Essa evolução exige que as pessoas desenvolvam habilidades de comunicação com sistemas automatizados que estão desenvolvendo suas próprias linguagens, algo que desperta tanto fascínio quanto desafios.
Transformação das empresas
Outro ponto discutido foi a transformação das empresas, com a integração da IA em estratégias de eficiência e digitalização. Empresas estão não apenas melhorando produtos e serviços, mas também impulsionando um movimento de requalificação da força de trabalho, essencial para que as pessoas colaboradoras se adaptem a essa nova realidade.
A evolução da Inteligência Geral Artificial (AGI) também foi destaque. Enquanto a autonomia total ainda é um objetivo distante, os avanços em tarefas específicas são significativos, especialmente com agentes de IA apoiando a tomada de decisão em ambientes corporativos.
Além disso, a segurança da informação foi amplamente debatida, com foco no uso da IA para detectar ameaças e na necessidade de novos protocolos de auditoria.
Destaques do Segundo Dia
No segundo dia do Web Summit Rio 2025, o foco foi a relação entre profissionais e agentes inteligentes. Ficou claro que, mesmo com a automação crescente, o pensamento crítico humano permanece insubstituível. Profissionais precisam não apenas entender os limites dos modelos de IA, mas também como supervisioná-los e integrá-los de maneira eficaz em suas rotinas.
O conceito de letramento em IA foi destacado como uma competência essencial que todas as pessoas, não apenas profissionais de tecnologia, devem possuir. Essa habilidade é vital para interpretar os vieses dos modelos e garantir interações seguras e éticas.
Outro tema importante foi a transição operacional nas empresas. O papel de profissionais está passando de execução para supervisão e estratégias de agentes, exigindo uma mudança cultural e operacional significativa. Essa transformação aponta para um futuro onde cada pessoa poderá contar com uma suíte de agentes personalizados, potencializando a produtividade e inclusão.
Dica para começar a usar IA
Por fim, o CEO da Zup, André Palma, participou de um painel sobre o papel da IA na transformação do setor de SaaS na América Latina. Quando perguntado sobre por onde começar a se envolver com IA, Palma comentou que é preciso “Não ter receio de usar, estudar bastante, e executar na prática”.
No mesmo painel, foi comentado que tudo que aprendemos para trabalhar em equipe continua valendo, mas a equipe passa a ser os agentes de IA.
Foto de Caroline Lima e Rafael Clemente.
Destaques do Terceiro Dia
O último dia do evento foi dominado por discussões sobre inclusão, ética e confiança na IA. Um dos painéis abordou a questão da baixa participação feminina em cargos técnicos e de liderança em IA, destacando a importância de redes de apoio e de manter proximidade com o trabalho técnico para aumentar a confiança.
Além disso, os vieses nos modelos de IA foram tema de um debate intenso, com exemplos de riscos associados, como fraudes utilizando deepfakes. A mensagem foi clara: a IA pode tanto mitigar quanto amplificar desigualdades, dependendo de como é construída e utilizada.
A necessidade de modelos explicáveis e auditáveis foi reforçada como uma prioridade para garantir o uso seguro e responsável da tecnologia. Também foram discutidos desafios relacionados a direitos autorais, propriedade intelectual e proteção de dados em treinamentos de IA.
StackSpot AI durante o Web Summit Rio 2025
Durante o Web Summit, a StackSpot AI esteve presente com um estande próprio, onde promoveu painéis, demonstrações técnicas e conversas com visitantes sobre o uso estratégico da inteligência artificial no desenvolvimento de software.
A programação incluiu debates sobre inovação corporativa com IA, liderança técnica na era dos agentes, formação de ecossistemas de parceria e desafios éticos na adoção de tecnologias baseadas em modelos de linguagem.
As discussões contaram com representantes da Zup, Itaú Unibanco, Ouribank e especialistas do mercado, reunindo perspectivas de diferentes setores sobre o impacto da IA nas práticas organizacionais.
Foto de Caroline Lima e Rafael Clemente.
Além dos painéis, o estande serviu como espaço para demonstrações práticas da StackSpot AI, com apresentações focadas em mostrar como agentes podem apoiar decisões e acelerar fluxos de desenvolvimento. A equipe realizou diversas conversas técnicas, esclareceu dúvidas e apresentou casos de uso para profissionais de diversas áreas.
Leia mais sobre a participação da StackSpot AI no Web Summit Rio 2025.
Painel em destaque: IA em alta velocidade, suas promessas, desafios e responsabilidades
A palestra promovida pela Claro Empresas no Web Summit Rio 2025 destacou como a Inteligência Artificial (IA) está transformando rapidamente diversos setores. A IA se tornou um motor essencial para automação, inovação e segurança digital.
No entanto, essa rápida expansão traz tanto promessas quanto desafios, exigindo que as organizações adotem uma postura proativa de responsabilidade e vigilância. Acompanhe os pontos principais abordados durante o painel.
Benefícios percebidos
A palestra ressaltou o uso da IA para prevenir incidentes, garantir a continuidade dos negócios e automatizar tarefas repetitivas. Isso permite que profissionais dediquem mais tempo a decisões estratégicas e ao combate de ameaças complexas.
Um destaque foi a capacidade da IA em identificar antecipadamente tendências de ataques e vulnerabilidades, funcionando como um radar preventivo eficaz. Aqui, houve a citação de Stephen Hawking, que enfatiza a dualidade da IA: “(…) pode ser a melhor ou a pior coisa já feita para a humanidade, e que o sucesso na sua criação pode ser o maior evento da história da civilização”.
Riscos associados
Dentre os riscos está a cibersegurança e o uso malicioso da IA, como ataques de phishing e deepfakes. Segundo o VIPRE Security Group, 40% dos ataques de phishing a empresas já são gerados por inteligência artificial. Além disso, a Deloitte estima que, até 2027, as perdas causadas por deepfakes e outros ataques automatizados chegarão a 40 bilhões de dólares anuais.
Outras preocupações são com compliance regulatório, privacidade, explicação das decisões de IA, e riscos de agentes autônomos.
Além disso, a discussão das questões autorais relacionadas a imagens geradas por IA e classificações incorretas de licenças em datasets estão em alta. Também destacaram os riscos de vieses algorítmicos, que podem levar à exclusão e discriminação, enfatizando a importância de treinar modelos com diversidade adequada.
Conclusão
O Web Summit Rio 2025 mostrou que, embora os avanços em IA sejam significativos, os desafios éticos, jurídicos e sociais permanecem. As empresas devem adotar uma abordagem responsável de Inteligência Artificial, garantindo que a IA seja usada como uma força para o bem coletivo. O futuro da tecnologia está sendo moldado agora, e cabe a nós assegurar que ele seja inclusivo e ético.
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